As não-palavras
Fecho os olhos,
Sinto minha respiração,
Silencio o lamento ,
Afogo-me em solidão...
Corro contra o tempo,
Escondo-me no escuro
E mergulho em silêncio
Que agora me parece absurdo.
Sinto em meu rosto o vento,
Fecho a janela para meu tormento,
Invade-me o desgosto...
Fecho cicatrizes com um remendo.
Digo adeus a sua lembrança...
Sinto-me antecipadamente morta.
Diga adeus ao que restou, em vacância...
Viajo então por ruas tortas,
Vejo-me tragicamente procurando portas,
Em vigilância, decifro respostas.
Soletro um não...
Acho meu erro.
Acerto em aposta...
Digo adeus a meu coração.
Em Vão.
02-12-07